quinta-feira, 9 de julho de 2009

Angústia da perfeição

Alma querida nos ideais renovadores , é natural que sofras inquietação por nutrires objetivos transformadores.

Ante a penúria de teus valores, declaras-te sem mérito para receber a ajuda Divina. Perante a extensão de tuas falhas, açoitas a consciência com lancinante sentimento de hipocrisia ao repetires os mesmos desvios dos quais já gostarias de não se permitir. Essa é a estrada da perfeição, não te martirizes.

Tudo isso é compreensivel, parte integrante de quantos se candidatam aos serviços educativos de si próprios, portanto, não sejas demasiadamente severo consigo.

Sem lástima e sem censura, perdoa-te e prossegue sempre.
Confia e trabalha cada vez mais.

Por mais causticantes as reações íntimas nos refolhos conscienciais, guarda-te na oração e na confiança e enriquece tua fé nas pequenas vitórias.

A angústia da melhora é impulso para promoção. O remédio salutar para amenizá-la é a aceitação incondicional de ti mesmo.

Aceitando-te humildemente como és e fazendo o melhor que possas, vitalizar-te-ás com mais fortes apelos interiores para a continuidade do projeto de melhoria e corrigenda. Por outro lado, se te punes estará assinando um decreto de desamor contra ti.

Afeiçoa-te com devotamento e sensatez aos exercícios que te são delegados pelas tarefas renovadoras do bem, aprimorando-te em regime de vigilância e paciência.

Sem alimentar fantasias de saltos evolutivos, dá um passo atrás do outro.

Sem ansiar pela grandeza das estrelas, ama-te na condição de singelo pirilampo que se esforça para fazer luz na noite escura.

Faça as pazes com tuas imperfeições. Descubra tuas qualidades, acredite nelas e coloque-as a serviço de suas metas de crescimento, essa é a fórmula da verdadeira transformação.

O tempo concederá valor e experiência a teus esforços, ajustando teus propósitos aos limites de tuas possibilidades, libertando-te da angústia que provém dos excessos.

Caminha um dia após o outro na certeza de que DEUS te espera sempre com irrestrito respeito pelas tuas mazelas, guardando o único direito de um pai zeloso e bom de que é a esperança de que amanhã sejas melhor que hoje, para tua própria felicidade.



Do livro Reforma Intima sem Martírio (Ermance Dufaux/Wanderley S. de Oliveira)

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