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P.919- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atracção do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Esta pergunta, como todas as outras que constam n O Livro dos Espíritos, é de uma sapiência impressionante. A resposta, curta, revela o carácter dos Bons Espíritos: o dizer muito por poucas palavras.
Nós, humanos, somos sem duvida engraçados, (claro que estou na linha da frente).
Complicamos. Ai se complicamos! Estamos sempre à espera de milagres.
Procuramos ainda uma fórmula que venha por cobro às nossas más tendências.
Dizemos: a carne é fraca. E o Espírito, o que é então? Será forte?Será que o mal vem ter connosco, ou nós que sintonizamos com ele?
É importante conhecermo-nos bem! Na maioria das vezes julgamos consegui-lo, até que um obstáculo nos aparece e lá percebemos que afinal pensávamos ter tudo controlado.
Tombamos! Torna-se fastidioso estar aqui a enumerar o mal em que podemos incorrer, por isso, centremo-nos no que temos que fazer para o ultrapassar.
O Espiritismo tem em nós um grande efeito: a responsabilidade. Somos responsáveis pelo que pensamos, ou fazemos, quer em nós próprios, quer nos outros.
Vivemos o dia-a-dia aturdidos nos imensos afazeres, embrenhados no consumismo desenfreado. Mil e uma setas são disparadas contra nós. Setas, de ódio, indiferença, inveja, ciúme, vaidade, etc. Numa altura em que a sociedade está rica de materialidade e pobre de espiritualidade, fácil se torna sintonizemos com todas essas ondas mentais que nos rodeiam.
O resultado? – Pensamos e agimos também no mal. Qual a proposta então? Aceitemo-nos tal como somos, e procuremos ver o próximo como aquilo que ele é: um irmão.
Procuremos então esquecer o mal que nos fazem, e procurar não reagir a essas tentativas, mas agir! Ler uma pequena página de um livro que nos acalme, colocar uma música também calma, e tentar sintonizar com a Espiritualidade Superior.
Nesse clima tranquilo, busquemos os feitos do dia, [A quem prejudicamos? Com que intenção o fizemos? O que poderíamos ter feito para o evitar? Qual o teor dos nossos pensamentos? Estou em paz comigo?].
Estas poderão ser algumas reflexões. Procuremos abraçar, mentalmente, todos aqueles que, por diversos motivos, prejudicámos, e também aqueles que nos prejudicaram.
Coloquemo-nos no lugar do outro; como seria a nossa reacção se nos fizessem o que lhes fizemos?Pensemos nisto.
Percebemos então, que de modo algum existem fórmulas mágicas para escaparmos ao mal, mas sim todo um esforço individual para, passo a passo, nos irmos conquistando, superando.
É um esforço diário, individual, e que exige uma grande dose de perseverança. Todo este esforço cria em nós um equilíbrio energético, saudável, permitindo um melhor preparo para as diversas situações que se nos deparam.
Aos poucos vamos deixando a inclinação para o mal dando lugar à conquista do bem.
O Espírita tem, portanto, grandes responsabilidades em todo este processo, uma vez que tem a consciência espiritual do seu estado e sabe, que nada está ao acaso; todo e qualquer obstáculo apresenta-se como o melhor meio para provar de que é capaz fazer melhor.
Sabe que tem um passado que se projecta hoje, no presente. Do mesmo modo sabe que amanhã, numa outra reencarnação, será o resultado do que fizer hoje.
Abraço
Retirado do Blog de Espiritismo
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