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A paz no mundo começa dentro de mim quando
eu me aceito, de corpo e alma, e reconheço meus defeitos, com
paciência e calma, e em vez de me fragmentar em mil pedaços
eu me coloco inteiro no que penso, sinto e faço passageiro
no tempo e no espaço, sem nada para levar que possa me prender sem
medo de errar e com toda vontade de aprender.
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A paz no mundo começa entre nós quando eu aceito o
teu modo de ser sem me opor ou resistir e reconheço tuas virtudes sem te
invejar ou me retrair, e faço das nossas diferenças a base da nossa
convivência e em lugar de te dividir em mil personagens consigo ver-te
inteiro, nu, real, sem nenhuma maquiagem,companheiros
da mesma viagem no processo de aprendizagem do que é ser gente.
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A paz no mundo começa quando as palavras se calam
e os gestos se multiplicam quando se reprime a vergonha e se
expressa a ternura, quando se
repudia a doença e se enaltece a cura, quando se combate a
normalidade que virou loucura e se estimula o delírio de melhorar
a humanidade, de construir uma
outra sociedade, com base numa outra relação, em que amar é a regra, e
não mais a exceção.
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Geraldo Eustáquio de Souza
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