O Brilhe a vossa Luz significa estimular o amor nos outros, porque em nós ele tem feito maravilhas; é inspirar humildade nos companheiros, pelo fato deles descobrirem em nossa conduta a coragem de sermos humildes; traduz-se na paz que ajudaremos a construir no próximo, a partir da que já se faz realidade em nosso íntimo; significa garantir a fé e a simpatia ao redor de nós pela vida convicta que levamos, com base nos valores abraçados como legítimos. (Vozes do Espirito)
sábado, 8 de agosto de 2009
O Medo da Morte
O temor da morte é um efeito da Sabedoria Divina e uma consequencia do instinto de preservação comum a todos os seres viventes, ele é necessário enquanto não se está suficientemente esclarecido sobre as condições da vida futura.
De um lado existe o medo de morrer e não saber o que vem depois da morte, um verdadeiro enigma para aqueles que pouco ou nunca buscaram informações sobre a vida após a morte, e se questionam: acabará tudo? será como que um sono eterno? nunca mais terei consciência de mim? será só escuridão? nunca mais verei ninguém?
De outro lado há um medo devido as informações e a formação religiosa que desde a infância e no decorrer dos anos posteriores tivemos de um DEUS vingativo, cruel, castigador que deixa os pecadores perecerem para sempre nas profundezas do inferno ardendo nas chamas que nunca se apagam.
A medida que o homem sente a necessidade de buscar um raciocínio mais lógico a respeito desse assunto ele começa a compreender melhor a vida futura, o temor da morte vai diminuindo aos poucos até sumir, conforme vai se aprofundando no assunto.
Quando é esclarecido que aqui na Terra temos uma curta passagem para aprendizado, expiação, provação ou missão (espíritos elevados) e que a vida não termina com a morte, que somente o corpo físico é aniquilado e que o espírito não morre, ele passa a encarar a morte apenas como uma transição que faz parte de sua existência.
A doutrina espirita desnuda totalmente a vida futura, uma vez que ela não é fruto da imaginação ou da concepção de nenhum homem, e sim de espíritos que como nós já viveram e agora desencarnados vem nos explicar a vida futura.
Aí então os vemos vivendo na felicidade ou não, nos diversos graus da escala espiritual, e tomamos conhecimento de todos os seus afazeres de acordo com suas elevações morais e intelectuais adquiridas nas existências corporais.
Eis o motivo pelo qual os espíritas encaram a morte com naturalidade e serenidade, já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta.
"À proporção que o homem compreende melhor a vidafutura, o temor da morte diminui; uma vez esclarecida asua missão terrena, aguarda-lhe o fim calma, resignada eserenamente.
A certeza da vida futura dá-lhe outro curso às idéias, outro fito ao trabalho; antes dela nada que se não prenda ao presente; depois dela tudo pelo futuro sem desprezo do presente, porque sabe que aquele depende da boa ou da má direção deste.
A certeza de reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera na Terra, de não perder um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrestre. A solidariedade entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na Terra, onde a fraternidade e a caridade têm desde então um fim e uma razão de ser, no presente como no futuro." (Livro O Céu e o Inferno - Allan Kardec)
Saber que a vida futura é a continuação da vida terrena, os motivos dessa confiança decorrem dos fatos testemunhados e analisados com o uso da razão e da lógica, que estão em total concordância com a justiça, bondade e misericórdia que são peculiares a DEUS.
Se você viver aqui na Terra uma vida de retidão, abnegação, amor ao próximo e num enorme esforço para dizer não as vicissitudes da vida, assim como os espíritas não terá o que temer em razão da morte, colheremos lá o que aqui plantarmos.
Não restando mais dúvidas sobre o futuro (que depende exclusivamente de nós) desaparece o temor da morte, encara-se a sua aproximação com naturalidade e até com alegria (assim como o cárcere no dia da sua libertação), bem como um dia sucede o outro, como quem aguarda a libertação pela porta da vida.
Sabendo que reencontraremos aqueles que antes de nós partiram e que tanta falta nos fazem, mas que enquanto o momento não chega estão sempre ao nosso lado, nos auxiliando e torcendo por nós.
Qual o medo que resta da morte?
PJC
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