terça-feira, 29 de junho de 2010

ESPIRITO ESPORTIVO


Um dos slogans mais conhecidos que definem a prática esportiva é aquele que diz: “Esporte é vida, esporte é saúde. Pratique esporte!”. E esta realmente é uma verdade inquestionável, uma vez que se trata de uma atividade que, feita de forma adequada, só traz benefícios para o corpo e a mente do ser humano.
Não se questiona também o poder educativo que o esporte traz em seu contexto. Ao praticarmos qualquer modalidade esportiva, mais importante do que a vitória são os ensinamentos de companheirismo, de respeito e de solidariedade que podemos aferir. É uma boa maneira de incutir, sobretudo, na cabeça das nossas crianças que, somente com o entrosamento com outros seres e o respeito às regras é que os objetivos serão plenamente alcançados.
Além do poder educativo, o esporte possui também uma grande carga social. Através dele, temos a possibilidade de unir povos, de juntar os desiguais, de dar rumo e sentido para a vida de muitas crianças e jovens que estão sem saber que caminho trilhar. São inúmeras entidades de assistência social, além de trabalhos desenvolvidos por prefeituras e governos estaduais, que usam a força do esporte para formar cidadãos, para tirar nossas crianças e jovens da marginalidade, do álcool e das drogas.
Ou seja, existe no esporte uma grande possibilidade de prestarmos, aqui na Terra, nossos deveres primordiais como espíritas, como seguidores desta doutrina consoladora e edificadora: a caridade e a busca da paz. Quantas vidas podem ser salvas com o esporte? Quantas crianças podem ser salvas das drogas, dos descaminhos, através de trabalhos exemplares pelo esporte? Quantas guerras podem ser evitadas e quantas vezes vemos a paz aflorar em tantos lugares através da prática esportiva?
Existem muitos exemplos de como o esporte pode superar fortes rancores. Na Copa do Mundo da França, em 1998, foi um marco de união e paz o jogo entre Estados Unidos e Irã, dois países notoriamente inimigos, mas que, naqueles 90 minutos de bola rolando, deixaram de lado suas diferenças em nome da paz e do espírito esportivo. Outro grande exemplo foi o famoso Santos, de Pelé, Coutinho, Pepe e companhia, que chegou até a parar uma guerra na África para que todos pudessem se encantar com a magia do futebol.
Entretanto, não se percebe no movimento espírita qualquer menção neste sentido. Não se vê que o esporte, a exemplo da música, da literatura e do teatro, pode ser também uma fonte de ensinamento das virtudes. Talvez porque ainda se veja o esporte apenas por seu aspecto competitivo, sem perceber que ele dignifica e enobrece o homem, que aflora no competidor sério e bem orientado o respeito e o amor ao próximo.


*

Retirado da Revista Cristã de Espiritismo, edição 81

*

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o seu comentário a respeito deste post aqui

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails